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Exposição de fotografias e apresentação de livro na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira

O dia 1 de abril, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira (BMAS) ficará marcado por duas atividades: a exposição das fotografias vencedoras do 2º Concurso de Fotografia "Ilustre Amarantino" e a apresentação da obra “Eça de Queiroz em casa – desenhos e textos inéditos”.

Assim, com inauguração marcada para 15h30, a Biblioteca Municipal mostra, entre 1 de abril e 19 de abril, as 18 obras premiadas no âmbito do 2º Concurso de Fotografia "Ilustre Amarantino". Iniciativa promovida pela Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto. Os concorrentes premiados são Alexandre Ferreira Marinho, de Amarante (1º Prémio); Jorge Simão Pereira Brito Meira, de Vila Praia de Âncora (2º Prémio); António José Santos Cunha, de Chaves (3º Prémio); Abílio Jorge de Sousa Mendes, de Amarante (Menção Honrosa); António Alves Tedim, de Moreira da Maia (Menção Honrosa) e Patrícia Diana Machado Azevedo, de Amarante (Menção Honrosa). Tendo o fotógrafo Eduardo Teixeira Pinto como referência, o Concurso considerou três cenários distintos. O primeiro definia um percurso constituído pela Rua Cândido dos Reis, Largo de Santa Luzia e Rua do Seixedo. Na Rua Cândido dos Reis, nasceu a 29 de abril de 1933, o fotógrafo Eduardo Teixeira Pinto e ali existiu, durante cerca de 70 anos, a empresa «Foto-Arte», criada pelo seu pai, Joaquim Teixeira Pinto, em 1930. Esta rua, considerada a rua central da cidade de Amarante, vai de encontro ao Largo de Santa Luzia, onde se avista um dos edifícios históricos da cidade, o Solar dos Magalhães, um dos símbolos amarantinos das invasões napoleónicas. Na rua do Seixedo encontra-se a entrada daquele edifício, uma ruína recheada de história e devidamente preservada. O segundo cenário era constituído pela Calçada Eduardo Teixeira Pinto, situada na margem direita do rio Tâmega e inaugurada no dia 3 de maio de 2014. As neblinas do Tâmega marcam a obra do fotógrafo, tendo sido neste local que tirou algumas das suas fotografias mais emblemáticas. Com fotografias como «Vaidades da natureza», «A pesca» e «Pescador e lavadeiras», entre outras, foi premiado a nível nacional e internacional. O terceiro cenário era de escolha livre, mantendo-se, no entanto, a referência a Eduardo Teixeira Pinto. O Júri do concurso foi assim constituído: António Pinto, Presidente do Júri, Fotógrafo; Francisco Piqueiro, Fotógrafo; José Manuel Ribeiro, Fotojornalista; Verónica Teixeira Pinto – Presidente da Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto Eduardo Teixeira Pinto Eduardo da Costa Teixeira Pinto nasceu na freguesia de S. Gonçalo, Amarante, em 29 de abril de 1933. Começou a tirar as suas primeiras fotografias profissionais em 1950, tornando-se expositor desde 1953 em vários salões de fotografia nos cinco continentes. A sua longa experiência de toda uma vida e o seu olhar poético sobre a realidade fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX. A sua obra aborda diversos temas, com destaque para a Natureza e a figura humana, que tão bem soube conciliar. Com fotografias como «Rodopio», «Igreja de S. Gonçalo», «De Regresso», «Tema de Pintores», «Matinal», «Quietude» e «Tranquilidade» entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio Camões (1960) – uma das mais altas distinções a nível nacional. Eduardo Teixeira Pinto faleceu no dia 4 de janeiro de 2009, deixando um espólio fotográfico de valor incalculável. Por iniciativa da Câmara Municipal de Amarante, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, localizado nesta cidade, possui uma sala dedicada à obra de Eduardo Teixeira Pinto, aberta ao público desde setembro de 2011. Ainda a 1 de abril, mas às 16h00, o livro “Eça de Queiroz em casa – desenhos e textos inéditos”, editado pela Fundação Eça de Queiroz e pela Editorial Presença, vai ser apresentado no auditório da Biblioteca. Com organização e transcrição de Irene Fialho, os textos e desenhos contidos na obra são, na sua maioria, inéditos e provenientes de álbuns que, por circunstâncias diversas, estiveram mais de cem anos longe dos olhares do público. Atualmente encontram-se no arquivo de Tormes (Baião), onde tem sede a Fundação Eça de Queiroz.


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