Valter Cardoso "dá cartas" no Todo-o-Terreno
O navegador amarantino Valter Cardoso finalizou a agenda preenchida do mês de maio de forma brilhante ao arrecadar a terceira classificação geral na prova do Nacional de Todo-o-Terreno que se disputou no fim de semana de 26 a 28 de maio, em Reguengos de Monsaraz.
Na classificação geral, a dupla Valter Cardoso/Pedro Ferreira amealhou o terceiro lugar, mas na pontuação para o Campeonato ficou em segundo.
Questionado sobre a prova, Cardoso afirmou: "fomos inteligentes em saber gerir a prova, pois o piso estava bastante duro e a falta de queda de chuva deixou-o ainda mais duro".
E acrescentou, "soubemos atacar no momento certo e defender a nossa posição quando ela já estava consolidada no final da corrida. Foi uma prova isenta de problemas em que a Amarok esteve impecavelmente bem assistida pela Speedy Motorsport, não tendo tido qualquer tipo de problema".
Recuemos um pouco no tempo e vemos que antes de "sacudir" pó no Alentejo, Valter Cardoso participou pela terceira vez no Rali de Portugal, que esteve na estrada de 18 a 21 de maio, desta vez a copilotar Hugo Mesquita, com quem tem vindo este ano a disputar algumas provas do Campeonato Nacional de Ralis.
Feliz e com o sentimento de dever cumprido o navegador amarantino afirmou que "competir nesta prova, que é pontuável para o Campeonato do Mundo de Ralis, foi novamente o concretizar de um sonho, divertirmo-nos pelos muitos quilómetros que um rali desta envergadura oferece e acima de tudo chegar ao seu final é mais do que motivo de orgulho", afirmou Valter Cardoso.
Cardoso frisou ainda que "o sabor de triunfo esteve a ser sentido quando vinham em terceiro do Campeonato mas na sexta-feira, dia 19 de maio, quando a equipa efetuava a segunda passagem do dia pelo troço de Caminha e a um troço de terminar o dia, um tirante de direção decidiu ceder o que levou a dupla a desistir do Rali e participar no dia seguinte em Rali 2.
Sobre este incidente, disse o amarantino que "foi como morrer na praia, um golpe duro de sentir mas ficam os excelentes cronos que vínhamos a efetuar, ter a possibilidade de participar em Rali 2 deu para atenuar um bocadinho a revolta que sentimos".
Valter Cardoso não deixa de realçar que um dos momentos altos do Rali de Portugal "é a passagem pelo troço de Amarante, onde posso sentir calor humano do público amarantino que vibra com este tipo de provas, e que nos dá alento para a enfrentarmos. Acreditem que ver a família e amigos de braços no ar à nossa passagem é, no mínimo, arrepiante. O troço da minha terra apesar de ser o mais longo é o que menos se deteriora, tornando-o ainda mais especial de competir".
Na sua opinião este é "o melhor rali, desporto e adeptos do mundo".