Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa nos dia 8 e 9 de julho em Resende
Resende é o destino do oitavo fim de semana do Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa, que tem como cenário a Casa da Soenga, na freguesia de São Martinho de Mouro. Durante dois dias, 8 e 9 de julho, haverá, como vem sendo habitual, concertos para pequenos e graúdos, espetáculos de teatro e de marionetas para toda a família e criações musicais colaborativas da comunidade. A entrada é gratuita.
No sábado, dia 8, “abre-se o pano” às 15h30, com a peça de teatro Mariela, pela companhia Nuvem Voadora. Mariela é grande, pesada e está apaixonada, às vezes... O mestre Sousa é um
músico zarolho com ideias extravagantes. O mestre Sousa está apaixonado pela Mariela. O seu
ajudante, Rodriguez, é um refugiado mexicano que tem pouca aptidão para a música e muita vontade de ajudar no êxito dos concertos do mestre Sousa. Dois personagens que vão
surpreender o público com momentos hilariantes de humor, música e non sense!
A partir das 16h00, os jardins e recantos da Casa da Soenga transformam-se em palcos, onde escutaremos Ana, que desafia as potencialidades de uma só guitarra na forma audaz como
manipula as dinâmicas acústicas; Homem em Catarse, com o reflexo da beleza da natureza, dos locais e das gentes do interior de Portugal nas cordas de uma guitarra e na poesia de uma voz; e Gobi Bear, alter-ego de Diogo Pinto, com acordes que se soltam por caminhos ou volteiam por labirintos, sempre guiados por uma voz meiga.
À noite, pelas 21h45, o palco principal instala-se no terreiro da Casa da Soenga para acolher os Birds are Indie. Let’s pretend the world has stopped, o novo disco do trio conimbricense, é já o
seu terceiro longa-duração, a somar a alguns EP’s que foram editando desde 2010. Numa altura em que o presente se parece tornar obsoleto tão rapidamente, este é um álbum sobre a vontade de parar o mundo e ver o que acontece... às dúvidas e às certezas, ao amor e à solidão, à calma e à urgência.
Editado em formato digital, CD e vinil, a composição, gravação, mistura, masterização e o artwork foram totalmente feitos pela banda, à sua maneira, de forma independente. Por isso, ouvir este disco é como receber a Joana, o Jerónimo e o Henrique em casa. E esta casa é a Casa da Soenga.
No domingo, dia 9, o Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa prossegue, às 15h30, com a atuação do Grupo de Bombos “BomMouros”, uma coletividade de Resende, seguindo-se, às 16h30, um espetáculo de marionetas inspirado numa lenda do concelho de
Resende – Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do sardão de Cárquere –, pela
Limite Zero. Romão, que tem andado em digressão com Festival, é um observador, uma entidade que caminha as terras deste país e observa. Romão é um contador de estórias. E é também um ancião. Desde a mais tenra idade da civilização que ele escuta e observa. Do seu local privilegiado, observa discretamente, à medida que as lendas se desenlaçam e tomam forma. O seu olhar atento nunca deixa escapar o pormenor, o detalhe, o humor... Por todas estas razões, quem melhor que Romão para nos encantar com lendas e contos de tempos passados, estórias que têm tanto de autêntico, como de verdadeiro ou educativo.
Às 17h30, o programa apresenta o seu último espetáculo, fechando com o concerto de
comunidade Terceiro Andamento. Resultado de uma criação artística colaborativa entre três
coletividades artísticas do Tâmega e Sousa, em palco estarão o Grupo Coral de Resende, o Curso Profissional de Música da Escola Secundária/3 Prof. Dr. Flávio F. Pinto Resende, de Cinfães, e o Grupo de Cavaquinhos “Os Amigos de Vilar”, de Lousada, sob direção artística de Ricardo Baptista e António Serginho e criação e composição de André Nunes e Pedro Santos.
Terceiro Andamento insere-se no projeto artístico Sonatas e Tocatas, que nasce do trabalho conjunto de alguns grupos musicais dos 11 municípios que integram a Comunidade
Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Deste trabalho resulta a apresentação de um conjunto de
performances inspiradas nos diferentes lugares onde acontecem, cruzando repertórios e
abordando-os de forma arrojada e contemporânea. Este é, ainda, um projeto de construção social e cultural, que procura criar pontes dentro deste território e provocar novas perspetivas acerca do património com que interage. Novas criações, concebidas em conjunto, que partem da música e de reportórios locais, mas que convidam o público a um novo olhar e a uma nova audição sobre a sua própria herança cultural.
O Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa é um convite a uma viagem entre a memória, o tempo histórico e a contemporaneidade, guiada por propostas artísticas de reconhecido valor, que propiciarão experiências únicas e irrepetíveis inspiradas nestes lugares,
numa relação de simbiose com o espaço, o tempo e o público. É um convite à deambulação pelos jardins, matas e vinhas ao som artistas de referência nacional e internacional. É um convite para descobrir lendas, crenças e imaginários e, em família, construir novas memórias. É um convite para conhecer as comunidades e coletividades culturais do Tâmega e Sousa, amplamente envolvidas e comprometidas na construção do programa artístico do Festival, e beber dos seus saberes e tradições.
Até 23 julho, durante os fins de semana, percorrendo casas, solares e quintas de estilo barroco dos municípios do Tâmega e Sousa, o Festival propõe concertos, espetáculos para famílias e novas criações artísticas, envolvendo artistas de referência nacional e internacional da música
contemporânea e coletividades culturais do Tâmega e Sousa.
O Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa é promovido pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, em articulação com os municípios que a integram, e em parceria com a Direção Regional de Cultura do Norte e com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. Esta iniciativa é um projeto cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Programa do Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa
No penúltimo fim de semana, a 15 e 16 de julho, o Festival visita o Solar dos Brandões (Museu
Arqueológico da Citânia de Sanfins), em Paços de Ferreira. O programa inclui, no dia 15, a peça de teatro para famílias Mito móvel, por Vera Alvelos (15h00), um ciclo de concertos com Villa Nazca, The Partisan Seed e Coelho Radioactivo (16h00) e um concerto de Noiserv (21h45) e, no dia 16, uma atuação das Castanholas de Freamunde – Pedaços de Nós (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda dos três sapinhos, pela Limite
Zero (16h30), e o concerto de comunidade Quarto Andamento (17h30).
O Festival encerra o seu périplo no Solar da Fisga, em Castelo de Paiva, no fim de semana de 22 e 23 de julho. O programa inclui, no dia 22, a peça de teatro para famílias A Odisseia, por Jorge Loureiro e Leonor Barata (15h00), um ciclo de concertos com Lourenço Crespo, Grutera e Minta & The Brook Trout (16h00) e um concerto de Samuel Úria (21h45) e, no dia 23, uma atuação dos Amigos da Sexta (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do Marmoiral de Sobrado, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Quarto Andamento (17h30).