Octávia Clemente - Câmara Municipal de Amarante - Partido Socialista
Nome: Octávia Clemente
Naturalidade: Figueiró Santiago
Profissão: Advogada
Por que razão decidiu avançar com a candidatura à presidência da Câmara Municipal de Amarante? Amarante é a Terra que me viu nascer e crescer, onde vivem e estudam os meus filhos, onde tenho a minha família, onde trabalho e resido. Sou natural de Figueiró Santiago, exerço a minha profissão de advogada na cidade de Amarante e resido actualmente em Lufrei. Aceitei ser candidata porque entender que posso ajudar a contribuir para o desenvolvimento da nossa Terra. Exerci funções de Vereadora na Câmara Municipal, durante 12 anos, tendo nos últimos 8 anos sido Vice-Presidente. Conheço o funcionamento da Câmara e, mais do que isso, conheço bem todo o concelho e os anseios e expectativas dos amarantinos. “Amarante merece Mais”, não é um mero slogan de candidatura. É, também, a constatação de uma realidade. Entendo que é urgente e imperioso fazer políticas a pensar nas pessoas e para as pessoas, para ajudar a resolver os seus problemas e as suas necessidades, para melhorar a sua qualidade de vida sem comprometer as finanças do Município, em vez de apostar em festas e festanças, que distraem e divertem os cidadãos, mas que não resolvem os reais problemas das pessoas. Por outro lado, porque a coligação que lidera o Município já deu suficientes mostras do caminho que pretende seguir e revelou-se incapaz de realizar as grandes obras com que se com-prometeu, deixando mesmo cair as suas grandes, eu diria mesmo megalómanas bandeiras de campanha, que eram, entre outras, a eletrificação da Linha do Tâmega em via larga e o muito propalado Parque da Cidade. Em relação a este, por exemplo, o Dr. José Luís Gaspar garantiu em público, por várias vezes, que, no dia 3 de janeiro de 2014, as máquinas estariam a iniciá-lo... E nada foi feito. Mas prometeu ainda, e falando especificamente das suas promessas para Vila Meã, a Requalificação da Área envolvente ao Mosteiro de Mancelos e Travanca, a requalificação do Largo da Feira em Vila Meã e de toda a Regeneração Urbana do centro da Vila, novas instalações para a GNR de Vila Meã, a ligação à A4… Enfim, foram tantas… Mas não passaram disso mesmo… Promessas, que só servem para descredibilizar quem as profere. Por isso temos que ser diferentes, fazer promessas que sejam exequíveis e que não visem apenas conquistar o voto dos eleitores. Entendemos que a gestão municipal tem que ser mais criteriosa, mais próxima das pessoas, dos munícipes, mais rigorosa, mais transparente. Somos contra o despesismo e o desperdício. A proximidade com os cidadãos não se vê em festas e mais festas, vê-se no relacionamento, na comunicação que existe, ou não, entre eleitos e eleitores; na informação que é, ou não, prestada sobre como é gasto o dinheiro dos contribuintes. E aqui, penso que é preciso dar mais credibilidade e mais seriedade à gestão do Município.
Que tipo de contributo poderá dar ao município como autarca? Como já referi, tenho uma experiência de 12 anos como vereadora nos Executivos do Dr. Armindo Abreu (tendo tido, entre outros, o pelouro do urbanismo) e quero pôr essa experiência ao serviço da minha terra. Conheço muito bem todo o concelho e sei quais são as necessidades e os anseios dos amarantinos, seja nas áreas Social ou da Saúde, da Educação, da Mobilidade e dos Transportes, da Habitação, do Ambiente, do Lazer, da Atividade Económica, da Cultura ou do Turismo. O meu Manifesto Eleitoral incluirá medidas concretas para todos os setores, para serem sufragados junto dos amarantinos, pedindo a sua confiança para que as possa concretizar.Já deixei bem claro aquando da apresentação desta candidatura sobre qual será o meu primeiro compromisso: o de sempre defender os interesses de Amarante e dos Amarantinos. A este propósito não posso deixar de referir a questão relacionada com o Externato de Vila Meã, pelo qual o PS se bateu, sem qualquer prurido de natureza política ou melhor, político-partidário, e, apesar de não ter funções executivas, em defender que situações excepcionais merecem ser tratadas de forma diferente. E, por isso, empenhamo-nos na manutenção dos contratos de Associação com o Externato de Vila Meã, por entendermos que é aquela Instituição de Ensino quem ao longo dos anos tem prestado um verdadeiro serviço Público de Educação, em toda a sua área de influência.A este propósito, deixem-me referir a opção deste executivo municipal no investimento realizado nas várias fases de recuperação da Escola de Santa Comba e na aquisição de terrenos para a construção do Jardim de Infância (JI). Todos se recordam que o PS defendia a construção de um Centro Escolar, um edifício novo, um equipamento de raiz, moderno, adaptado aos novos tempos e necessidades, ajustado às novas realidades, com aproveitamento dos equipamentos públicos desportivos existentes nas proximidades. Se considerarmos o montante global do investimento efectuado naquele estabelecimento de ensino, acrescido dos custos necessários à aquisição do terreno para o JI e o custo da sua própria construção, entendemos que a comunidade educativa desta região bem merecia que fosse construído o novo Centro Escolar.
São apenas dois exemplos, mas que dão a ideia da minha preocupação fundamental, que são as pessoas. Todo o meu trabalho terá em mente os amarantinos e as suas necessidades e anseios.
Se for eleita, que projetos pensa desenvolver em Vila Meã?
Em Vila Meã, como de resto em todo o concelho, queremos implementar uma política de permanente proximidade com as Pessoas e para isso privilegiaremos sempre o diálogo com aqueles que são os legítimos representantes das suas populações, os seus Presidentes de Junta.
Nesse pressuposto, e em perfeita sintonia com o nosso (re)candidato à Junta de Freguesia de Vila Meã, Lino Macedo, temos de continuar a investir nas acessibilidades, infraestruturas e na construção de equipamentos públicos e valorização do Património. Bem conheço a legítima ambição dos vilameanenses na construção do Pavilhão Gimnodesportivo, que será uma prioridade. Queremos continuar a apostar nas acessibilidades e, para isso, daremos prioridade à Requalificação da Rua Nova de Balanceiros e ao alargamento da Rua do Arrabalde, até ao Largo da Feira, sendo que, a este propósito, o espaço destinado à realização da Feira terá que ter uma solução definitiva.Do nosso Manifesto eleitoral consta um compromisso para todo o concelho: a criação de espaços verdes com equipamentos para todas as idades, pelo que, naturalmente, Vila Meã, terá o seu Parque da Vila, na zona próxima aos Bombeiros Voluntários.
Há dois outros grandes projectos, mais no âmbito cultural, que eu gostaria de ver realizados em Vila Meã: um que se prende com a Aquisição da Casa da Agustina Bessa Luis e a sua adaptação a Centro de Estudos e um outro que tem vista a aquisição da Casa das “Donas”, contígua ao Edifício da Biblioteca Municipal. Bem sei que é um projecto ambicioso, mas se todos esses terrenos forem adquiridos pelo Município, após um estudo de enquadramento, será possível ali instalar mais serviços, ao dispor de todos, seja de âmbito cultural, seja de atendimento à população.
Em relação à atividade económico-social que políticas pretende aplicar para a fixação de empresas e pessoas? Criar emprego e estimular a competitividade empresarial são dois pilares que constam do Plano Estratégico que temos para Amarante e que foram vertidos no Acordo de Compromisso que subscrevemos com os nossos parceiros desta candidatura, o Movimento Amarante Somos Todos, liderado pelo Dr. Pedro Barros, nosso candidato à Assembleia municipal. Fixar empresas e pessoas não se consegue com medidas avulsas, mas sim com medidas articuladas e em estreita parceria com todos os interlocutores locais. Ter um território atractivo, investir na infraestruturação do concelho, em acessibilidades e transportes, no ambiente, na construção de equipamentos públicos ao serviço da população, são também uma forma de fixar empresas e pessoas. Mas, para atrair pessoas, precisamos também de uma Câmara Municipal que dê respostas eficazes e atempadas, bem sabendo que muitas vezes a resposta tardia a um pedido de licenciamento de um investidor é uma oportunidade perdida para outro concelho. Para isso, os serviços municipais têm que estar preparados e dar respostas rápidas e eficazes às várias solicitações que lhe sejam feitas. Paralelamente, o Município tem que manter uma política de competitividade fiscal, amiga das pessoas e dos empresários, não criando derrama (imposto sobre os lucros das pessoas coletivas), fixando taxas mínimas dos impostos municipais, como no IMI, taxas de licenciamento, e outras cuja competência lhe esteja atribuída, o que só se consegue manter com um Município que tenha uma gestão financeira equilibrada. O nosso manifesto eleitoral prevê também a criação de incentivos para a fixação de novas empresas, mas também medidas de apoio ao crescimento das já existentes. O Município deve ainda apoiar e ser parceiro do movimento associativo, com base em critérios de rigor e oportunidade, apoiando as associações, nomeadamente, as associações empresariais existentes. A este propósito defendo que o Município deve ser seu parceiro e não um seu concorrente. Mas a capacidade de um Município atrair pessoas passa ainda pela existência de uma política cultural diversificada, de promoção de Amarante como verdadeira Terra de Cultura e Turismo, assente numa estratégia de promoção das nossas maiores riquezas: a nossa Natureza, o nosso Património material e imaterial, os nossos valores, as nossas tradições e gastronomia, criando uma verdadeira “marca” Amarante.