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AEVM realiza conferência “Por mais comboio…” em Vila Meã

No passado sábado, 13 de janeiro, realizou-se a conferência intitulada “Por mais comboio…”, uma iniciativa promovida pela Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM).

Esta conferência surgiu no âmbito do projeto Comércio Investe, de onde saiu a Linha do Comércio, uma plataforma de comércio tradicional online. A iniciativa da Linha do Comércio foi descrita como “ideia brilhante”, por parte do Dr. José Luís Gaspar, Presidente da Câmara Municipal de Amarante. “Esta temática da Linha do Comércio é uma ideia brilhante, associar a questão do comércio ao potencial da linha férrea. É isto que faz com que as pessoas não vão aos centros comerciais e ficam no comércio tradicional, por isso dou os parabéns à Associação Empresarial de Vila Meã”, afirmou José Luís Gaspar. A conferência, composta por dois painéis, aconteceu no Cineteatro Raimundo Magalhães e contou com sete entidades oradoras, sendo elas Infraestruturas de Portugal, Comissão de Utentes da Linha do Douro, Câmaras Municipais de Valongo, Paredes, Amarante e Marco de Canaveses e Junta de Freguesia de Vila Meã. No primeiro painel falou o Eng. Válter Almeida, Gestor de Empreendimento das Infraestruturas de Portugal. Daqui ficou a saber-se que “foi já desenvolvido o projeto de conclusão da Eletrificação + Renovação Integral da Via do Troço Caíde-Marco, encontrando-se em curso desde dezembro último o concurso para a nova empreitada com preço base de 15 M€”. Devido às obras, está prevista a paralisação dos comboios durante 3 meses. Questionado o Eng. Válter Almeida sobre se os passageiros terão transportes alternativos, este respondeu “nós já estamos a negociar com a CP, na tentativa de arranjar transportes alternativos, que serão rodoviários. Sabemos que isso terá constrangimentos para a população, mas queremos arranjar soluções em termos de horários e de quantidade de transporte para minimizar os impactos. Sabemos, também, que criará algumas limitações, mas trata-se de um período muito curto, cerca de 3 meses. Sem esta paragem de 3 meses, a empreitada demoraria mais de 1 ano a executar”, esclareceu.

O segundo painel contou com 3 partes, na primeira falaram o Presidente de Câmaras de Valongo, o Dr. José Manuel Ribeiro; e a Dra. Beatriz Meireles, Vereadora dos Pelouros da Ação Social, Cultura e Turismo, da Câmara Municipal de Paredes. Para Valongo “este é um tema de futuro e que une. A eletrificação trouxe muita gente para o concelho, basta ver pelos 800 lugares de estacionamento que temos nos 4 apeadeiros e 2 estações que não chegam. Sentiu-se muito a eletrificação, porque como este meio de transporte é muito rápido e pontual, ajuda imenso a população”. Já em Paredes, “existe a mesma situação que Valongo, a falta de estacionamento. A eletrificação da linha ajuda a levar mais pessoas aos eventos que se realizam em Paredes e, acredito, que se os outros municípios tiverem a eletrificação, Paredes também ganhará com isso”. Sobre possíveis desvantagens da eletrificação, tanto os autarcas de Valongo e Paredes afirmaram que as pessoas e o comércio tradicional têm de se adaptar, tal como aconteceu com o comboio. Na segunda parte do painel, falaram os Presidentes de Câmara de Amarante e Marco de Canaveses, Dr. José Luís Gaspar e Dra. Cristina Vieira, respetivamente, e Lino Macedo, Presidente da Junta de Freguesia de Vila Meã. José Luís Gaspar falou da parte de parqueamento na Estação de Vila Meã, “se queremos otimizar e dar sustentabilidade à linha tem que ter pessoas e, para ter pessoas, é necessário espaço para aparcar. Se Vila Meã não tiver estacionamento, não terá a utilidade máxima que nós desejaríamos. Também temos a questão de segurança, temos a passagem inferior para peão que não está acautelada, e também temos o desnivelamento da passagem. Mas claro que a eletrificação será muito bom para todos nós, vai aproximar-nos. A eletrificação trará uma nova estratégia para o território.” Para a autarca de Marco de Canaveses, o comboio já “leva turistas e estou certa que levará mais. Tenho a certeza que esta eletrificação da linha dará um contributo muito grande para potenciar o desenvolvimento económico, cultural e, também, turístico para Marco de Canaveses. Com a eletrificação teremos de ter uma maior capacidade de ordenamento do território. Já estamos a construir um parque de estacionamento na estação de Marco de Canaveses e estamos a ver com a IP para construir na Livração. O comboio e a linha vão ser revitalizados mas temos de intensificar a nossa ação naquilo que está à volta do comboio e da estação”. Lino Macedo, começou por agradecer esta conferência organizada pela Associação Empresarial de Vila Meã que “veio trazer ao lume um problema que temos sentido há muito tempo e hoje, através desta conferência, ficamos a saber o que realmente se passou com as obras”. E, continuou, “o que eu queria mesmo é que o comboio parasse em Vila Meã, mas com as obras acredito que o comboio parará mais vezes na nossa estação”. A última parte do painel ficou a cargo da Comissão de Utentes da Linha do Douro, onde falou o responsável Manuel Cardoso. Sobre o impacto na vida das pessoas, Manuel Cardoso esclareceu que “isto é uma mais-valia que já devia ter sido feita há muito nesta região. Em relação a Vila Meã, se não for feito um parque de estacionamento as pessoas não terão onde estacionar o carro e, por isso, não virão para cá”.

Da conferência foi possível esclarecer algumas dúvidas acerca dos investimentos por parte das Infraestruturas de Portugal, bem como saber qual o ponto de situação das obras de eletrificação da Linha do Douro, entre Caíde e Marco de Canaveses. Os autarcas de Valongo e Paredes clarificaram qual o impacto da eletrificação da linha e quais os seus benefícios, já os autarcas de Amarante e Marco de Canaveses enumeraram as expetativas que têm com a eletrificação, bem como as preocupações com a demora das obras da linha do Douro. No final da conferência houve, ainda, espaço para um debate e esclarecimento de dúvidas por parte do público.


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