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Partido Socialista de Amarante critica gestão de curto prazo da coligação PSD/CDS-PP


Nas Jornadas Autárquicas do PS Amarante a estrutura local do Partido Socialista abordou a gestão autárquica do concelho, realizou um amplo debate sobre o futuro e deixou críticas à gestão assente numa visão de curto prazo e do imediatismo da autarquia liderada pela coligação PSD/CDS-PP.

Numa iniciativa que decorreu no passado sábado, dia 15 de setembro, na Escola Básica Amadeo de Souza-Cardoso, o Partido Socialista de Amarante juntou autarcas, militantes e simpatizantes para debater os desafios futuros para o concelho, em particular, na área social, na economia e nos investimentos chave a concretizar, e apresentar as boas práticas das Juntas de Freguesia lideradas pelo PS.

A manhã da iniciativa foi reservada para reuniões institucionais da estrutura partidária, centradas na gestão e articulação interna entre órgãos do partido, sendo o período da tarde por outro lado, aberto à participação de todos e centrado na intervenção externa do Partido nas freguesias e no município.

Os trabalhos no período da tarde iniciaram-se com a apresentação de boas práticas na governação de uma Junta de Freguesia. Perante um auditório cheio, os presidentes de Junta do Partido Socialista apresentaram algumas medidas que concretizaram, explicaram as opções tomadas e evidenciaram os resultados obtidos. Dos meios mais urbanos, aos polos mais rurais do nosso concelho foi possível identificar pontos comuns, relembrar a importância da proximidade na ação política e abordar os crescentes desafios na gestão de uma Junta de Freguesia.

Para Hugo Carvalho, Presidente da Comissão Política do PS Amarante, esta iniciativa permitiu identificar medidas concretizadas pelos Presidentes de Junta do PS que, mesmo com poucos recursos disponíveis, têm desenvolvido excelentes projetos autárquicos que diferenciam e valorizam as freguesias. Hugo Carvalho critica a pouca colaboração da Câmara Municipal com as freguesias, nomeadamente, a falta de transferência de verbas para a concretização de investimentos. No entendimento do Partido Socialista, há uma centralização excessiva na Câmara Municipal, com claro prejuízo para uma gestão mais autónoma das Juntas de Freguesia. Hugo Carvalho critica, ainda, o tempo que a Câmara Municipal demora a responder a um ofício ou a uma solicitação o que impossibilita a resolução célere de alguns problemas que, com mais diálogo, seriam rapidamente solucionáveis.

Os trabalhos prosseguiram com três fóruns de discussão que decorreram em simultâneo moderados pelo Dr. Telmo Pinto, pela Dr.ª Rosário Loureiro e pelo Arq. Hugo Peixoto, respetivamente sobre os temas: economia e desenvolvimento, ação social e terceiro setor, e investimentos chave para Amarante. Este momento de intenso debate político permitiu traçar novos desafios para a governação autárquica em Amarante, avaliar o trabalho desenvolvido pela coligação Afirmar Amarante e refletir sobre o contexto regional em que estamos inseridos.

Hugo Carvalho defende que a estratégia de desenvolvimento para Amarante está demasiado centrada em iniciativas cujo retorno se esgota quase na totalidade no imediato e que a autarquia não tem sido capaz de criar condições de desenvolvimento a médio-longo prazo. Não podemos apenas anunciar intenções, temos que ser capazes de as concretizar, referiu o líder da estrutura local.

O encerramento da iniciativa foi realizado pelo Dr. Manuel Pizarro, Presidente da Federação Distrital do Porto do Partido Socialista.

PSAmarante

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