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Consumidores portugueses são adeptos das compras online


O comércio online está a ganhar, cada vez mais, adeptos por todo o mundo e os portugueses não são exceção. Um estudo sobre comércio eletrónico (e-commerce) realizado pelo Portal da Queixa - a maior rede social de consumidores de Portugal - em parceria com a Netquest, constatou que mais de 90% dos portugueses inquiridos já comprou online.

Equipamentos eletrónicos e eletrodomésticos, acessórios de moda e beleza, estadias em hotéis e apartamentos e viagens são o que os consumidores mais compram online.

Com esta prática a aumentar, o número de reclamações associadas ao comércio eletrónico também registou um aumento significativo. Ao Portal da Queixa chegam mais de 20 reclamações por dia. Em seis meses, chegaram 3.900 queixas.

Compras online: Sim ou não?

A esmagadora maioria dos consumidores inquiridos (92%) afirma já ter adquirido algum produto ou serviço pela internet, sendo que, a faixa etária superior aos 59 anos é a que menos compra através da Internet, em comparação com os restantes grupos.

Apenas 8% dos inquiridos não o fez e revela reticência em comprar online, apontando como principais motivos: a falta de confiança em realizar pagamentos através da internet, o facto de não encontrarem a oportunidade ideal e a falta de confiança na entrega do produto.

Sobre a frequência, quase metade dos inquiridos (44%) respondeu realizar compras online, entre 2 a 6 vezes por ano. Quanto menor a idade, maior é a frequência de compras online, conclui-se.

Que tipo de produtos compram online os consumidores?

O estudo realizado pelo Portal da Queixa revela que são vários os tipos de produtos e serviços adquiridos pelos consumidores portuguesas via internet. Os mais referidos foram: equipamentos eletrónicos, acessórios de moda e beleza, estadias em hotéis e apartamentos e viagens.

Os consumidores com menos de 40 anos são os que optam por comprar produtos e serviços mais diferenciados como viagens de avião, comboio e camioneta; bilhetes de cinema, concertos, eventos desportivos e espetáculos; livros escolares e de leitura; mobiliário e decoração, entre outros.

Os homens preferem a compra de equipamentos eletrónicos, jogos online e apostas, seguros e aluguer de veículos, e, por sua vez, as mulheres compram mais acessórios de moda e beleza, livros, artigos em hipermercados, decoração e artigos relacionados com a puericultura.

Apesar de o estudo ter sido realizado a nível nacional, os consumidores de Lisboa são os que mais tipos de compra mencionam, destacando-se viagens, entradas para cinema e espetáculos, seguros, compras em supermercados e aluguer de veículos.

Quais as formas de pagamento online mais utilizadas?

A referência bancária e o cartão de crédito são os métodos mais utilizados, ficando em segundo lugar a transferência bancária e o Paypal.

Os homens são o grupo que paga mais com cartão de crédito, Paypal e MB Way enquanto que as mulheres tendem a preferir a referência bancária.

De referir que há uma relação entre os inquiridos que consultam sempre através de Internet e o uso de Paypal e MB Way.

Comprar em sites nacionais ou internacionais?

A maioria dos entrevistados (6 em 10) não tem preferências geográficas na hora de comprar online. Os restantes inquiridos inclinam-se para sites nacionais, sobretudo mulheres com mais de 59 anos.

A confiança nos sites é o argumento principal dos entrevistados que preferem sites nacionais, enquanto que o custo de entrega mais baixo é o motivo principal de preferência por sites estrangeiros.

Os consumidores portugueses aparentam estar satisfeitos com as suas compras online, uma vez que, numa escala de 0 a 10, apresentam uma média de 7.6 no que diz respeito ao atendimento e à qualidade do serviço prestado nas suas compras online.

Os indivíduos com menos de 40 anos, as mulheres, os que costumam procurar informação na internet e os heavy e medium buyers (consumidores de alta ou média frequência/volume) são os que melhor avaliam o serviço prestado pelos sites de compras online.

Aumento das compras online gera aumento do número de reclamações

Ao mesmo tempo que os portugueses aderem, cada vez mais, às compras online, verifica-se também um aumento significativo do número de reclamações associadas a esta prática. Nos primeiros seis meses do ano, chegaram ao Portal da Queixa mais de 3.900 reclamações dirigidas ao comércio online, o que equivale a cerca de 22 reclamações por dia.

O estudo de âmbito nacional sobre «e-commerce» foi efetuado entre 14 e 28 de junho de 2018, obteve um total de 5300 respostas (59% do sexo masculino e 41% do sexo feminino) e teve a duração média de 5.4 minutos.

Alexandra Mendonça

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